Vejo o arco-íris no aquário dos teus olhos
e me inflamo na plenitude dos sentidos
que arrepiam a relva dos meus propósitos.
Ungido pelo mel de Iracema
e inebriado pelo canto da sereia,
banho-me num cálice de vinho
com toques de doce abril.
Na alquimia chamejante da província,
o fogo invade o Siará Grande
em acrobacias circenses,
produzindo aboios com notas de infinito.
O medo da reprovação é ruína antecipada
e tímida lembrança do avesso.
Sem forças para mais amar.
A orquestra do vento nas folhagens
e o calor que se dissipa piedosamente
embalam minha vontade de retroceder
no tempo,
no espaço,
no mundo,
na vida.
Poema premiado na 1ª Mostra Abril para Leitura do CCBNB Cariri. |
Publicado pelo escritor Jairo Cézar no blog Escritos no Ônibus.
| 2012 |
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