PODER, FÉ E GUERRA NO SERTÃO

Fico impressionada com a f-a-c-i-l-i-d-a-d-e de ser quem sou. Faltando uma semana para o Programa Troca de Ideias, fui convidada para realizar a mediação de um dos mais importantes eventos ocorridos no CCBNB Cariri em seus quase quatro anos de existência. Fácil como tirar doce de uma criança? Talvez para você que está inteiro. Eu estava com o pé imobilizado por causa de uma fratura no dedo – graças a uma pisadela da minha sobrinha (só não retribui com um beliscão porque não sou personagem do Manoel Antônio de Almeida). Como meu pezinho 33 não entrava em nenhuma das minhas sandálias, tive que apelar para um par de 35 que minha mãe usa em casa (a mais confortável que encontrei). Para cobrir o “arranjo”, joguei um vestido arrastando no chão. Chamei um táxi, mas não segui a melodia comum cantando a música da Angélica. Compus uma paródia especialmente para essa noite: “ai, minha patinha dodói, minha patinha dodói, minha patinha dodói” (no ritmo de “Um tapinha não dói”).

Lira Neto – autor de “Castello: a marcha para a ditadura”; “O Inimigo do Rei: uma biografia de José de Alencar” e “Maysa: só numa multidão de amores” (que deu origem à minissérie) – discute o seu recente lançamento – “Pe. Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão” – com a parapsicóloga Maria do Carmo Forti, autora do livro “Maria do Juazeiro: a beata do Milagre”.

Fomos surpreendidos com a presença do bispo Dom Fernando Pânico que participou do debate com o Lira Neto e a Maria do Carmo. No frigir dos ovos, de mediadora fui transformada em cerimonialista. 

PS: O Teatro esteve lotado, contando com a presença de diversas autoridades locais, os gerentes do CCBNB e a imprensa. Só lamentei a ausência do Brás Cubas: “por que bonita se coxa, por que coxa se bonita?”

2009