Feridas abertas. Armas vencidas.
Medo. Incerteza. Cansaço.
Fio partido dos sonhos.
Eu: estilhaçado estandarte em pó.
Nunca mais inteiro.
Uma porta e uma janela a minha frente.
Escolher?
Pânico do novo de novo.
Fugir do algoz.
Refugiar-me onde?
Ela está a minha espera em todas as reentrâncias, fendas e cavidades.
Nem ilusão, nem esperança.
A Dor.
Lancinante me busca.
(H)A Escapatória... recomeçar.
Sem amarras, sem planos, sem promessas, sem euforia.
Idealizar jamais.
Preencher-me com o vazio que me foi destinado pelo fortuito.
Abastecer-me do nada
para correr como um lobo na noite voraz
até que berre a aurora do Bem.
Oxalá antes disso, um lampejo faiscante,
orvalho de fogo ilumine o crepúsculo mortal.
Final?
Ou recomeço de outro infortúnio?

| 2006 |
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