A certeza que se confunde,
A clareza que se dissolve,
A segurança que se esvai em sombras.
Quando o chão é cravejado de minas
Seguir é um risco,
Desistir é confortável.
Fingindo construímos resistências
Para a vida e para a morte.
Fingimos que estamos felizes,
Fingimos que não fomos atingidos,
Nem feridos,
Nem magoados...
“Navegar é preciso”,
Querendo ou não,
Gozando ou não.
Fingindo a inocência que não temos.
O espelho confessou estar encurralado.
Conversamos por horas.
Conclui que estamos do mesmo lado,
O lado ermo da vida.
E se ele estiver certo?
E se tudo agora mudar de lugar?
E esse novo tempo que foge ao nosso
domínio?
Temor do desconhecido.
Melhor naufragar nas marés de todo dia.
E se voltar?
Um reencontro acontece de milhões de formas.
Eu até poderia estar quebrada de novo...
Melhor não!
Melhor não!
| 2010 |
Publicado na revista Mulheres que Comandam em 26/06/2012.
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