– Sou eu de novo. Quarto 6. Você poderia dar um pulinho aqui?
– Estarei enviando a camareira agora.
– Não. Espere. Eu gostaria que fosse você.
– Desculpe, não posso deixar meu posto, senhor. Algum problema com o atendimento de nossa camareira?
– Em primeiro lugar, chega de me chamar de senhor. Afinal, você não é tão jovem assim.
– Sim, se... Desculpe!
– Em segundo lugar, eu estou pagando e decido quem vai me atender.
– Evidente, senhor. Ah! Desculpe.
– Agora pare de pedir desculpas e traga esse seu traseiro aqui imediatamente.
– Estou indo, se... É... Um minuto e estarei aí.
– Entre, mas não olhe para mim.
– Tudo bem.
– Veja o que tem em cima da cama. É pra você.
– Ai...
– Estarei enviando a camareira agora.
– Não. Espere. Eu gostaria que fosse você.
– Desculpe, não posso deixar meu posto, senhor. Algum problema com o atendimento de nossa camareira?
– Em primeiro lugar, chega de me chamar de senhor. Afinal, você não é tão jovem assim.
– Sim, se... Desculpe!
– Em segundo lugar, eu estou pagando e decido quem vai me atender.
– Evidente, senhor. Ah! Desculpe.
– Agora pare de pedir desculpas e traga esse seu traseiro aqui imediatamente.
– Estou indo, se... É... Um minuto e estarei aí.
– Entre, mas não olhe para mim.
– Tudo bem.
– Veja o que tem em cima da cama. É pra você.
– Ai...
– Agora veja o que tem no sofá... Também é pra você.
– Meu Deus!
– Eu não... Não posso aceitar, não senhor. Isso... Dá cadeia.
– Cale a boca! É a cadeia ou a casa do capeta. Agora eu vou sair e você não vai olhar para mim. Vai sumir com essa porcaria e com o dinheiro. E não vai fazer nenhuma gracinha porque aonde você for, o urubu é preto.
– Meu Deus!
– Eu não... Não posso aceitar, não senhor. Isso... Dá cadeia.
– Cale a boca! É a cadeia ou a casa do capeta. Agora eu vou sair e você não vai olhar para mim. Vai sumir com essa porcaria e com o dinheiro. E não vai fazer nenhuma gracinha porque aonde você for, o urubu é preto.

| 2006 |
Este conto foi um acidente na minha vida. Escrevi essa porcaria durante a Mostra SESC e pedi para Ieda Magri avaliar. Meus manuscritos foram trocados no jornal e o conto que deveria ser publicado foi substituído por este. Enfim, não dava mais para bancar a mãe desnaturada - tive que assumir a criança. Depois que minha amiga Renata disse que gostou do miserável meu asco por ele diminuiu.
ResponderExcluirO que é mesmo que tinha na cama? Não faço a menor idéia. E eu tenho que ter resposta para tudo? Ora essa! ;-P