Se o inferno permitisse,
se Deus me consentisse,
se Deus me consentisse,
se a felicidade não estivesse sempre a partir...
Sempre partindo para mais longe:
Botucatu, Honolulu, Catmandu.
Do lado avesso do labirinto
vácuo dentro de mim e ao redor de mim.
Hora de partir para fora dessas entranhas,
as amarras não podem mais conter o espírito.
Pedir a proteção do Olimpo?
Consultar Orixás e Cabala?
Recusei a cartomante de Camilo e Rita.
Perguntar às estrelas cadentes:
o que sonhas no berço?
o que fazes no cerrado?
o que ouves na varanda?
o que bebe pelas nuvens?
Qual o sentido dessa busca sem sentido?
Ninguém imagina meus alarmes
e quanto me absorvo e me absolvo
na tentativa vã de te encontrar.
Esbarrando em punhais de recifes,
invadindo tua existência para me redimir,
para resistir,
para me refugiar,
para apenas tentar.
Não ter para aprisionar ou vigiar,
ter para embalar,
ter para admirar,
ter para libertar.
Ter.
| 2011 |
LIndo... É isso mesmo ter para libertar. TER.
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