Gritarei minha verdade aos incautos,
eles oscilam entre euforia e descrença.
Terrível. Terrível. Terrível.
Assomam-se os agitadores destroçando os faróis d'água.
Uma chuva lúgubre arrasta estrelas decrépitas.
Mártires, governantes e criados têm a mesma importância.
A revolução sanitarista nos condenou
a merda que aniquilou putas e virgens,
confundiu deuses e demônios.
Sem alarde, sem oriente, sem suspeitas,
catei meus versos cáusticos num chapéu antigo.
Amedontrada, depositei-os aos pés do inquisidor.
Fui coroada de gás pelas prostitutas
por ser a precursora do engajamento.
Não premeditei a propagação.
Larguem-me – implorei
– não me sigais em minhas convicções febris.
Cortaram-me a garganta.
| 2008 |
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Paula Izabela