Água a jorrar impurezas
no toque inesperado que azula,
sandálias trocadas para arrastar
no lamaçal do sonho pelo avesso.
A voz que ecoa já não grita
declarações de amor líquido
em desculpas de cadeados acidentais.
Receios que envergonham e afligem
meu bem tristonho.
Bicho acuado perdido na mata cítrica:
gira azul, gira vermelho, gira confuso,
colorido que não revela de onde vem.
Menino acuado toma banho de ilusões
mascando flor para embelezar por dentro.
Promessas sem cor e sem vestido
num alvoroço de despertar fósseis.
Coração acuado embota as ideias
e desvanece o pensamento
por covardia de chumbo.
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Paula Izabela