No espaço vazio do copo a lembrança do ontem,
Do hoje, do nada.
Lembrança do vazio em mim
E fora de ti.
Fora de tantos planos e planetas
Que vazaram pelo caminho.
Planejamento agora?
Planejar o quê?
Melhor do que o plano do agir é o plano do ejetar!
Nada é urgente no meu mundo,
Meu relógio anda ao contrário,
E a noite para mim é dia.
Dia de falar apenas com estranhos,
Para quem eu sou apenas ninguém e qualquer um.
Se a vida não fosse tão lenta...
Se o bem não demorasse tanto a vingar...
Que diferença faz se temos o amor ou ódio
Quando tudo não faz sentido no existir?
O sentido do não fazer,
O sentido do não querer,
O sentido do deixar de ser.
Por que seguir?
Para que seguir?
Se é mais simples me envolver nas cobertas
E me afogar nos travesseiros por dias sem fim
Para que abrir a porta para o novo e para a vida?
A escuridão me entende e não me aflinge.
A luz me ofusca e me devora.
Interrogações que não deveriam existir
Por não terem respostas...
Decifra-me ou te devoro!
| 2010 |
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